terça-feira, 24 de maio de 2016

O Livro em Cores mais Antigo do mundo foi disponibilizado para download gratuito.

“A biblioteca da Universidade de Cambridge, no Reino Unido digitalizou e disponibilizou para download sob a licença Creative Commons (desde que seja dado o crédito e não utilizado para fins comerciais) o primeiro livro impresso em cores conhecido. O Manual de Caligrafia e Pintura (Shi zhu zhai shu hua pu) foi produzido em 1633 pelo Estúdio Dez Bambus, o primeiro com o processo em xilogravura policromática inventado pelo chinês Hu Zhengyan.”

http://www.bibliotecasdobrasil.com/2015/08/o-livro-em-cores-mais-antigo-foi.html

Não Perca O Agora – Por Rubem Alves

“Vou escrever rude e direto. Há ocasiões em que não há tempo para delicadezas e rodeios. É muito mais tarde do que se imagina ser. Você acha que a sua vida é uma droga, que ela não é nada daquilo com que você sonhou. Você, que torce o nariz e se recusa a comer arroz com feijão, picadinho de carne e tomate que lhe são servidos, alegando que você merece caviar e lagosta: digo-lhe que é melhor você criar juízo e comer o arroz com feijão, picadinho de carne e tomate que estão no seu prato – é comida muito gostosa, especialmente quando comida com um pouquinho de pimenta e amor.

Deixe as suas queixas para quando houver razões para elas: quando sua mulher morrer de leucemia e você ficar sozinho, quando o seu marido ficar sem trabalho e mergulhar na depressão, quando o seu filho morrer num desastre de carro, quando o médico lhe disser que você está com câncer. Não, não estou fazendo o jogo do contente da Poliana nem usando o argumento “muita gente está pior que você”. O jogo do contente é um jogo de mentiras. E o jogo do “muita gente está pior do que você” não consola. A desgraça do outro não é razão para eu estar feliz. Estou simplesmente tentando chamar você à razão. O que estou dizendo é que você está infeliz não por culpa da vida, mas por sua própria culpa. Não é a vida que está estragando você. É você que está estragando a vida.

Cada vez eu me impressiono com a loucura das pessoas. Que é que você diria de alguém que vai pela vida espalhando fezes por onde passa? Faz isso e depois se queixa de que a vida está fedendo. Com razão. O número de pessoas infelizes em decorrência do mal cheiro de suas próprias fezes é muito maior do que se pensa. Assim, cuidado quando você se queixar da vida. Queixas sobre a vida, frequentemente, revelam as perturbações intestinais de quem se queixa.

Meu conselho é que você examine atentamente os seus olhos. Você tem medo das pessoas que têm mau olhado, aquelas de cujos olhos flui um poder maléfico que mata tudo o que toca. Já ouvi relatos de avencas e samambaias viçosas que secaram no prazo de um dia pelo poder cáustico do olho mau.

Sobre o poder do olho mau das outras pessoas sobre a nossa vida eu nada posso dizer nem sei se acredito. Mas sei dizer e acredito no poder do nosso olho mau sobre a nossa própria vida. Arroz com feijão, picadinho de carne e tomate, vistos com olho mau, são comida de mendigo.
Jesus, sábio conhecedor dos segredos do corpo e da alma, disse “os olhos são a lâmpada do corpo. Quando a luz dos olhos é negra o mundo todo fica mergulhado em trevas. Quando a luz dos olhos é colorida e mundo vira um arco-íris”. O mundo não muda. Mudam-se os olhos com que nós o vemos. E aí as coisas mínimas viram motivo de assombro. William Blake falava sobre “ver um mundo num grão de areia e um céu numa flor silvestre”. Mas os olhos maus veem ao contrário. Diante do mundo radiante eles só veem pedras e diante do céu estrelado eles só veem fezes.

Não é a sua vida que vai mal. É a sua alma.

(…) Blake diz que “a árvore que um tolo vê não é a mesma árvore que um sábio vê”. Bernardo Soares explica, dizendo que isso é assim porque “nós só vemos o que nós somos”.

Aconselho que você cuide de seus olhos. Cuidado com eles! Têm uma aparência de inocência, parece que nunca são culpados de nada. O fato é que eles são capazes de coisas terríveis. É através deles que o lixo que mora em nós escorre para o mundo e o empesteia.

Traga sempre com você um colírio anti-inveja. Inveja é doença ocular, ainda não catalogada pelos oftalmologistas. Mas todos já a experimentaram. Ela se caracteriza por uma perturbação no movimento dos olhos. Pelo menos é assim que a descreveu Fernando Pessoa, que rogou aos deuses que o livrassem da “inveja que dá movimento aos olhos”. Explico. Você está ali diante do prato de arroz com feijão, picadinho de carne e tomate, cheirinho de pimenta e amor! Pura delícia infantil! O corpo sorri, antegozando o prazer. Aí os seus olhos fazem um movimento lateral e veem que os seus vizinhos estão comendo caviar com lagosta. Quando os seus olhos voltam para o prato de arroz com feijão, picadinho de carne e tomate, não é mais o prato de infância que eles veem. É um prato de mendigo. E a alegria se vai.

Já é mais tarde do que você imagina. Não perca os momentos bons que a vida está lhe oferecendo, enquanto você se encontra sobre o abismo. Pode chegar um momento em que você venha a dizer: “Que pena que não comi com alegria o arroz com feijão, picadinho de carne e tomate”. Mas aí será tarde demais. Lembre-se: o passado já foi. Não há o que lamentar. O futuro ainda não chegou. Não há o que gozar. A única coisa que temos é o momento. Não perca o agora!

Título original: ‘Arroz com feijão, picadinho de carne e tomate’ – Extraído do livro: Concerto para corpo e alma, 10ª edição, Papirus – Campinas – São Paulo – 1998 – Disponível na Loja Rubem Alves.”

http://www.portalraizes.com/arrozcomfeijaorubemalves

terça-feira, 17 de maio de 2016

Veja no site os 15 Trechos mais belos da história da literatura.

“Perguntamos aos leitores: qual o trecho mais belo da história da literatura. Mais de 5 mil participantes responderam a enquete. A partir da opinião dos convidados, sintetizamos a lista reunindo os 15 trechos mais citados. Os trechos estão classificados de acordo com o número de citações que obtiveram. Gabriel García Márquez foi o único autor que teve dois trechos entre os mais citados. O resultado não pretende ser abrangente ou definitivo e corresponde apenas à opinião das pessoas consultadas.

O Pequeno Príncipe
(Antoine de Saint-Exupéry)

Cem Anos de Solidão
(Gabriel García Márquez)

Orgulho e Preconceito
(Jane Austen)

Meu Pé de Laranja Lima
(José Mauro de Vasconcelos)

O Diário de Anne Frank
(Anne Frank)

O Apanhador no Campo de Centeio
(J. D. Salinger)

Os Sofrimentos do Jovem Werther
(Johann Wolfgang von Goethe)

O Encontro Marcado
(Fernando Sabino)

Demian
(Hermann Hesse)

Lolita
(Vladimir Nabokov)

A Revolução dos Bichos
(George Orwell)

On The Road
(Jack Kerouac)

Carta a D.
(André Gorz)

Sherlock Holmes
(Arthur Conan Doyle)”


http://www.revistabula.com/4600-os-15-trechos-mais-belos-da-historia-da-literatura

Como escrever um artigo perfeito: 10 regras de ouro para um post memorável.

“Você escreve um novo artigo. Todo orgulhoso, clica no botão “publicar”. Mas após uma semana, o número mais frustrante não sai da sua cabeça. Zero. Zero comentários.

Parece familiar? Não se preocupe. Todos nós já passamos por essa frustração. Mas essa história não precisa terminar assim…

Logo, vou ensinar a você como escrever um artigo perfeito, através de simples, mas poderosas 10 regras de ouro.

Você aprenderá várias dicas práticas que mais de 6 anos escrevendo para a web me ensinaram sobre o que funciona, e o que não.

Ah, e eu aposto que a regra de ouro #9 irá surpreender você. Por quê? Bom, ela é ignorada pela maioria dos sites com publicações na web. E sim, ela faz toda a diferença.”


http://viverdeblog.com/como-escrever-um-artigo